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Empreendedora e estilista indígena dissemina saberes ancestrais por meio da moda

Patrícia Kamayurá usa grafismos originários nas roupas e no artesanato que cria

Patrícia Kamayurá, 38 anos, pertence ao território indígena do Xingu. Atualmente, ela vive entre Brasília (DF) e o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, no município de Alto Paraíso de Goiás (GO), onde tem seu ateliê e loja física há 2 anos. A empresa vende roupas e artesanatos autorais, desenvolvidos com o objetivo de enaltecer a arte e cultura originária.

Kamayurá trabalha com arte indígena desde os 16 anos de idade. “Comecei dentro do meu próprio território, vendendo os nossos artesanatos. Em 2017, passei a atuar com a moda étnica, colocando os grafismos ancestrais do meu povo nas roupas que eu produzia”, conta a estilista. Na mesma época, ela iniciou vendas online pelo Facebook e pelo Instagram. “Era uma forma de mostrar as nossas artes sagradas para a sociedade e de ocupar espaço dentro da moda que antes não era nosso.”

Em meio à pandemia de covid-19, Kamayurá arriscou e investiu em um negócio físico, escolhendo a Chapada dos Veadeiros para sediar a Kamayurá Moda Indígena. A região é um destino turístico com grande fluxo de visitantes. Mesmo com a abertura da loja, a maior parte das vendas se manteve no ambiente digital.