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Circuito Cavalhadas

O Circuito Cavalhadas é uma realização do Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). O festejo, um dos mais tradicionais do calendário cultural, reúne religiosidade e cultura e já ocorre há pelo menos 200 anos em várias cidades do Estado. O espetáculo, que surpreende pela organização, beleza e grande participação da população, é prestigiado por milhares de pessoas do entorno dos municípios e de várias partes do país.

Em 2023 foram destinados R$ 3 milhões para a realização do evento que traz no circuito 15 cidades. Além dos municípios que já realizam as festividades em 2022, incluindo a cidade de Goiás, a tradição será resgatada também em Luziânia, que passa a integrar o roteiro deste ano.

Outra novidade é que mais duas cidades goianas, Silvânia e Niquelândia, também entrarão no circuito. Para isso, a Secult já trabalha com ações e estudos, contando com a parceria da comunidade local, para resgatar a tradição nesses municípios para que eles possam realizar as Cavalhadas em 2024.

Interiorização da cultura

O apoio às Cavalhadas é parte de uma política de interiorização da cultura promovida pelo Governo de Goiás, por meio da Secult. As apresentações receberam, entre 2019 e 2022, R$ 4,4 milhões em recursos do Estado para montagem de cenário, compra de vestimentas e divulgação, entre outras despesas. Este ano, a administração também bancou a obra de readequação do Cavalhódromo de Pirenópolis, no valor de R$ 78 mil. 

Tradição centenária

As Cavalhadas são celebrações inspiradas nas tradições de Portugal e da Espanha na Idade Média. Elas começaram a ser representadas no Brasil no século XVI. Em Goiás, o primeiro registro é de 1751, na cidade de Santa Luzia (hoje Luziânia). A festa une religiosidade e fé, cultura, turismo, economia e valorização do patrimônio imaterial do Estado, mobilizando os moradores locais e visitantes, revivendo toda uma tradição histórica.

O cenário das Cavalhadas consiste em uma grande encenação a céu aberto da batalha entre mouros e cristãos pela reconquista da Península Ibérica. São dois exércitos com 12 cavaleiros cada, que durante três dias se apresentam, encenando a luta, ricamente ornada e com belíssimas coreografias. Junto a esta manifestação, encontra-se a presença dos Mascarados, personagens incontáveis que se vestem com máscaras e saem às ruas, a cavalo ou a pé, fazendo algazarras.